Ocorreu na última sexta 16/04, uma reunião por vídeo conferência com o presidente da FACERJ, Dr. Jésus Mendes Costa e os presidentes das associações comerciais do Rio.
15 Associações de nosso estado participaram.
Em pauta estiveram os seguintes assuntos:
- Situação atual do País;
- Providências Econômicas e Administrativas que estão sendo tomadas pela FACERJ;
- Perspectivas de Ações Pós Pandemia;
- Palavra dos Presidentes ACEs;
- Assuntos Gerais
O Dr. Jésus iniciou a reunião falando que está afastado desde março do ano passado de suas atividades presenciais na FACERJ que tem sede no Centro do Rio de Janeiro. Por conta da pandemia do atual coronavírus ele está cumprindo o isolamento social em sua residência. O presidente já tomou as duas doses da vacina e está bem de saúde.
Ele citou o estrago feito pela pandemia ao redor do mundo e que, apesar de não termos uma cura, podemos evitar a contaminação e propagação da doença tomando os devidos cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde. Outro ponto destacado pelo presidente foi a politização da doença, o que fez com que a população se dividisse quando deveria estar unida para evitar a doença e conseguir conter seu avanço.
“A pandemia esta sendo muito utilizada de forma política com o objetivo de transferir a responsabilidade das mortes aos poderes públicos. Alguns órgãos de imprensa estão sistematicamente tentando transferir a culpa para o nosso governo. Os poderes públicos têm as suas responsabilidades: uso da mascara, distanciamento social, evitar aglomeração e a produção e distribuição da vacina. É uma doença que não vai embora com facilidade. Apenas quando houver um grande numero de vacinados é que teremos certa estabilidade. Mas, assim como a gripe, teremos que nos vacinar todos os anos até que o vírus seja eliminado do nosso meio.” Disse o presidente da FACERJ.
Ele citou também que “esse momento está sendo muito difícil para a economia brasileira. As propostas do governo federal (Reforma Administrativa, Tributária e demais reformas) sofreu muito com o cenário atual. A paralisação dos comércios causou um desemprego imenso no país. Muitas empresas faliram e os programas do ministro da economia, Paulo Guedes, não tiveram o desempenho que deveriam. Nós, como empresários, somos parte integrante e importante da economia brasileira, razão pela qual, temos que participar ativamente do processo eleitoral já no próximo pleito de 2022, cobrando de nossos representantes uma maior atuação para aprovação das reformas. Temos que manter a economia ativa e também tomar os cuidados necessários para que possamos combater esse vírus. Nós empresários temos responsabilidade nisso ao admitir a abertura das empresas. Devemos seguir os cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde para que não haja propagação do vírus dentro dos nossos negócios.”
A reforma tributária também foi um tema debatido durante a reunião, onde foi destacada a necessidade da reforma para reduzir impostos e simplificar o sistema tributário, de tal forma que cada um pague o tributo de acordo com a sua demanda.
Depois disso a palavra foi passada para os diretores das associações.
Leonardo Castro de Abreu, de Campos, destacou que todos estavam ansiosos para esta reunião e esperando uma ação da FACERJ. O comércio de Campos reabriu em julho e foi comprovado que não era isso o provocador da contaminação pelo coronavírus. A curva de contaminação veio caindo bastante.
Leonardo ainda disse que continua conversando com o poder publico e “independente da bandeira partidária devemos estar juntos para conseguirmos um bom resultado.”
Sandro Wallace Rodrigues, de São Fidelis, disse também que os empresários e o comércio não são os vilãos. “Nós estamos pagando por uma irresponsabilidade, uma falta de investimento na saúde. Nós, empresários, estamos sendo culpados pela pandemia. Vários empresários estão fechando as portas”
Olavo Pinheiro Jr., de Macaé, citou que além do poder municipal também é necessário ter o apoio do governo estadual: “A maioria dos pequenos empresários não tem condições de arcar as despesas de rescisões trabalhistas. O desemprego está cada vez maior. As pequenas empresas chegaram ao fundo do poço.”
Luis Fernando Cardoso, de Volta Redonda, destacou algumas conquistas que tiveram junto à prefeitura da cidade: “Construímos 30 UTIs novas em parceria com a prefeitura. Conseguimos a ajuda do comércio e hoje de temos 60 UTIs funcionando na cidade. Antes tínhamos apenas 6. Fechamos um convenio com a caixa econômica federal conseguindo o juros mais baixo do Brasil e nossos associados terão preferência para contratação.”
Carlos Henrique, de Cachoeira de Macacu, disse que em sua cidade o comércio ficou fechado por apenas um mês e que mesmo sendo pouco tempo houve muitos reflexos na economia das pequenas e médias empresas.
Após uma intensa troca de experiências entre os diretores das associações, Dr. Jésus finalizou a reunião informando que todas as demandas solicitadas pelas Associações Comerciais são direcionadas imediatamente para o Governo do Estado e para a Assembleia Legislativa, uma vez que a FACERJ possui cadeira efetiva no Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro e informou à todos os presentes para não deixarem de enviar para a Federação todas as suas demandas.
Solicitou, ainda, que acertificação digital precisa ser mais estimulada para recuperarmos o patamar de antes da pandemia, possibilitando um aumento de receita, tanto para a Federação quanto para as Associações Comerciais
Ao final da reunião foi decidido que um encontro por vídeo chamada será realizado a cada dois meses para debater medidas necessárias.