Mercado Financeiro revisa projeção para o PIB novamente e vê queda de 5,62% em 2020

Fachada da sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014. REUTERS/Ueslei Marcelino

Fachada da sede do Banco Central, em Brasília. 15/01/2014. REUTERS/Ueslei Marcelino

O mercado financeiro revisou para cima a projeção para o desempenho da economia brasileira e agora é esperada uma contração de 5,62% para o PIB este ano.
De acordo com o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (10), após os fortes impactos da pandemia de coronavírus em 2020, a economia brasileira deverá crescer 3,50% em 2021, sem alterações em relação ao levantamento anterior.
Ainda no Focus, os economistas ouvidos pela autoridade monetária continuam projetando que a taxa básica de juros encerre o ano no atual patamar, de 2,00% ao ano, subindo para 3,00%, em dezembro de 2021. Para 2022 a projeção para a Selic foi reduzida de 5,00% para 4,90% ao ano.
Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, cortou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 2,00% ao ano – nova mínima histórica.
No comunicado, a autoridade monetária reforçou que “entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”.
As projeções para os demais indicadores, por sua vez, foram mantidas no relatório desta semana.
Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa é de alta de 1,63% este ano e de 3,00%, no próximo.
Já no câmbio, o dólar deve ficar em R$ 5,20 em dezembro, e em R$ 5,00, ao fim de 2021.
Entre os economistas consultados pelo Banco Central que mais acertam as previsões, reunidos no grupo “Top 5 médio prazo”, as projeções para IPCA, dólar e taxa Selic foram modificadas.
Agora, a estimativa é de que a taxa Selic encerre o próximo ano em 2,00%, ante expectativa anterior de 2,25% ao ano. Para dezembro de 2020, contudo, a projeção se manteve em 1,88% ao ano.
No que tange às previsões de alta para o IPCA, estas subiram de 1,51% para 1,58%, este ano, e de 2,78% para 2,89%, no próximo.
Por fim, no câmbio, os economistas prevêem o dólar a R$ 5,20 (ante R$ 5,25), em 2020, e a R$ 5,05 (frente R$ 5,10), em 2021.

Fonte: InfoMoney via CACB